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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PROGRAMA DE EXTENSÃO SIRIEMA EXPÕE ART&FATOS NA ALDEIA SESC
Começou hoje e vai até o dia 31 de agosto a maior feira de livros do sul matogrossense. Este ano o evento recebeu o nome de ALDEIA ROSA BORORO SESC DE ARTE E CULTURA.

A Exposição Itinerante Art&Fatos Indígenas e Reginais montou seu tradicional quiosque com peças Bororo, mapa do Brasil com a localização das áreas indígenas brasileiras e um banner contando resumidamente quem foi Rosa Bororo.

Além disso, estamos fornecendo um folder para os professores das escolas que visitam a 18ª feira do livro. Nosso objeito é divulgar a história da personagem indígena CIBÁE MOTOJEBÁDO: A ROSA BORORO.
Quem visitar o nosso quiosque, além de apreciar os artefatos indígenas, será bem recebido pelos bolsistas da UFMT, todos do Departamento de História: Francielen Costa dos Santos, Adalto Ferreira Jr e Andréia Xavier.



Para quem quiser conhecer o conteúdo do banner e do folder sobre Rosa Bororo, segue abaixo:

CIBÁE MOTOJEBÁDO: A ROSA BORORO

                                      © Prof. Dr. Paulo Isaac
Seu nome indígena é Cibáe Motojebádo.
Rosa é o nome dado a ela pelos colonizadores.
Não se sabe ao certo a data do seu nascimento, mas a jovem índia foi aprisionada em 1881, em uma caça aos índios feita por Bandeirantes paulistas.
Cibáe (Rosa Bororo) foi uma personagem histórica central na pacificação dos Bororo, em 1885.
Antes de morrer disse ao seu filho: “Não confies nos brancos, eles só agradam quando precisam”.
Morreu na Aldeia Bakairi de Pakuera, hoje município de Paranatinga, em janeiro de 1913.

A importância de Cibáe Motojebádo (Rosa Bororo) para a História de Mato Grosso
Em 1885, o Presidente da Província Joaquim Galdino Pimentel resolveu atrair pacificamente os Bororo. Encarregou o alferes Antônio José Duarte para a tarefa.
Duarte precisava de pessoas que soubessem falar a língua dos Bororo para intermediar as negociações com os índios da aldeia do Cabaçal do São Lourenço e convencê-los a aceitar a submissão e as vantagens da vida civilizada. Ele destacou, entre outros índios, Rosa Bororo que trabalhava como criada na casa do Major Antonio Tomás de Miranda Rodrigues. Para garantir o sucesso da operação, os filhos de Rosa Bororo ficaram como reféns na capital, Cuiabá.
A fala dela e os presentes dos militares convenceram um grupo de Bororo. Os índios entregaram as armas e entraram pacificamente em Cuiabá no dia 16 de junho de 1886. Por isso, esta data é celebrada como o dia da pacificação dos Bororo.
Mas, depois, os índios sofreram muitas atrocidades, entre elas a introdução do aguardente nas aldeias para enfraquecê-los física e moralmente.
Mais tarde, o marido e o filho, José Coroado, participaram de uma guerra contra os índios Bacairi. O pai de José Coroado foi morto e ele ficou com os Bacairi, em cuja aldeia cresceu e chegou a ser chefe.
Rosa foi morar na Aldeia Pakuera, onde casou-se com um índio Bakairi.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS/ICHS/HISTÓRIA
Programa de Extensão SIRIEMA
SOCIEDADES INDÍGENAS E REGIONAIS—IDENTIDADE E MEIO AMBIENTE
Coordenador: Prof. Dr. Paulo Isaac

sábado, 27 de agosto de 2011

DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA DEPUTADO OSCAR SOARES, EM ALTO GARÇAS - MT

A festa começou às 7h30min. com a apresentação da fanfarra da Escola. Depois foi servido um lanche para todos. Em seguida, o Prof. Paulo Isaac, cientista social e professor da UFMT ministrou uma palestra sobre "A Participação da Família na Escola". O tema foi abordado numa perspectiva sociológica. Foram discutidas as funções e os tipos de família, e as responsabilidades dela na educação das crianças. Foi tratada a relação entre a escola e os pais e como esses devem participar da vida escolar. Após a palestra, as crianças e jovens fizeram apresentações artísticas. No período da tarde duas psico-pedagogas antenderam os pais interessados. Também houve corte de cabelo gratuito para pais e crianças. A intenção, segundo a Diretora Vânia Luzia da Silva Abreu é promover a interação dos pais com a Escola. Para o Coordenador Pedagógico Reginaldo Procópio, quando os pais participam a situação da Escola melhora muito. Este é o segundo ano que o evento acontece e foi um sucesso absoluto. Parabéns aos professores, a diretora, coordenador, pais e estudantes. Segue algumas fotos do evento.
criança cantando a música da Família, composição do Pe. Zézinho

meninos brincando

fachada da Escola

o público aplaudiu os artistas

Aluna cantando, Diretora Vânia e seu esposo acompanharam tudo com carinho

a decoração foi preparada com muito bom gosto






domingo, 14 de agosto de 2011

FESTA DOS PAIS NO ORATÓRIO DOMINGOS SÁVIO DE RONDONÓPOLIS ABORDA QUESTÃO AMBIENTAL


A Equipe do Oratório Domingos Sávio, do Bairro Vila Rica, em Rondonópolis, realizou a sua festa de homenagem aos pais com teatro, dança, música e coreografia voltados para a consciência ecológica.

A Exposição Itinerante de Art&Fatos Indígenas do Museu Etnográfico SIRIEMA esteve presente à atividade.

Além da Exposição, o Museu forneceu às crianças Gabriela e Davi os artefatos indígenas que eles utilizaram no teatro sobre a questão ecológica, em que as sociedades indígenas não foram esquecidas pelos jovens do Oratório.


O ponto alto do evento foi o desempenho dos jovens nas apresentações, que tanto foram críticas como propositivas.


Nos bastidores tudo foi preparado com muito esmero.


Parabéns a todos do Oratório São Domingos Sávio. O Programa SIRIEMA - Sociedades Indígenas e Regionais - Identidade e Meio Ambiente tem a alegria de compartilhar com vocês dessa festa. Parabéns aos pais e PAZ PARA TODO MUNDO.















MULHERES BORORO DISCUTEM PROJETO DE INCLUSÃO COM A UFMT


O Programa de Extensão SIRIEMA - Sociedades Indígenas e Regionais - Identidade e Meio Ambiente tem como uma de suas linhas de ação a assessoria e consultoria técnico-científica e antropológica às sociedades indígenas e entidades sociais que trabalham com a questão do meio ambiente.
A preocupação com a inclusão social dos índios e, especialmente das mulheres indígenas, levaram o antropólogo Paulo Isaac Jure Edúgo Kudoro Kavoro, os estudantes de Economia Diéslin e Vagner Alcântara e o biólogo Paulo Silas a formularem um Projeto de Extensão voltado para quatro atividades econômicas: produção de hortaliças, criação de aves, banco de sementes de árvores do cerrado e produção de artesanato indígena.
A primeira discussão foi feita no último sábado, dia 13 de agosto, no período da manhã, na Aldeia Indígena Tadarimana.
Apesar de ser um projeto voltado para as mulheres, alguns homem participaram como ouvintes; entre eles o Presidente da Associação Indígena Pagi de Tadarimana, Cícero Tarzan.
Os membros do Programa de Extensão SIRIEMA pretendem beneficiar as aldeias Tadarimana, Nova de Jarudóri e Praião.
Paulo Isaac Jure Edugo está otimista com a possibilidade de realizar esta atividade econômica que tem características de inclusão social, sustentabilidade e provisão alimentar.
As duas mulheres mais influentes da Comunidade, Beatriz Kiga e Nadir Ika lideram a reunião.

O Encontro teve um fato inédito entre os Bororo: a participação de várias jovens.



sábado, 6 de agosto de 2011

ÍNDIOS DO JARUDÓRI ABANDONADOS À PRÓPRIA SORTE

Neste sábado, 06 de agosto, o antropólogo Paulo Isaac e o biólogo Paulo Silas visitaram a Aldeia Nova de Jarudóri para fazer um diagnóstico agro-ambiental do local e propor a elaboração de um projeto agro-sustentável. Durante a visita, avaliou-se que inicialmente uma horta seria viável. O Projeto será elaborado pelo biólogo Paulo Silas.
Os recursos serão captados junto a parceiros que queiram ajudar os trinta índios, entre eles dezoito crianças, que estão abandonados à própria sorte. Possuem três vacas leiteiras, mas as terras são pouco férteis e a produção agrícola é inviável. As duas tentativas de plantar mandioca no ano passado não deram certo. A primeira por causa da seca e a segunda devido ao excesso de chuvas. "Perdemos tudo", disse-nos a cacique Maria Aparecida. Os índios também plantaram outras roças, mas elas foram comidas por preás e araraúnas.
Promessa da FUNAI
Segundo Anilton, marido da Cacique Maria Aparecida, o coordenador da FUNAI na região, Sr. Valdomiro, foi à Aldeia no ano passado e fez um projeto para criação de porcos. Fez um acordo com os índios: a FUNAI construiria a pocilga e daria uma quantidade de milho e os Bororo conseguiriam os porcos. Segundo informações do Valdomiro aos indios da Aldeia Nova de Jarudóri, o Projeto foi aprovado, mas o dinheiro não veio, afirma Anilton. Agora, segundo Maria Aparecida, a Direção da FUNAI de Cuiabá disse à Cacique que desconhece o Projeto e sua aprovação. Valdomiro foi afastado do cargo e ninguém sabe a verdade dos fatos. O que todos sabem é que os índios cumpriram a parte deles. Adquiriram os porcos e agora não têm onde colocá-los, nem há ração para eles.
Após visitar vários lugares, verificar os recursos hídricos, chegou-se ao consenso de fazer a horta. Quinze índios, sendo 8 mulheres, estão interessados em iniciar o novo negócio. A reunião foi feita na casa da Cacique e teve a participação dos índios que estavam na Aldeia naquele momento.

Enquanto os projetos começam a ser elaborados, esperamos que a FUNAI explique a questão dos recursos supostamente aprovados e os destine para auxiliar os Bororo de Jarudóri. Sem contar que os 4.706 ha. de terras indígenas continuam invadidos por colonizadores e os índios não têm um pedaço de terra para fazer uma lavoura ou criar um gado.