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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A ANTROPÓLOGA DRª RENATE BRIGITTE VIERTLER FARÁ A CONFERÊNCIA DE ABERTURA DO I SEMINÁRIO REGIONAL DE HUMANIDADES DA UFMT, CAMPUS DE RONDONÓPOLIS - MT

Drª Renate Brigitte Viertler no Museu Indígena Bororo da Aldeia Merúri

Abertura: Segunda feira, dia 17 de outubro, das 7h30min. às 11h.
Local: Anfiteatro da UFMT - Campus Universitário de Rondonópolis
Convidado especial: Prof. Indígena Bororo Félix Adugo Enau Rondon - Coordenador de Educação Indígena da SEDUC-MT.
Coordenador da mesa da Conferência de abertura: Antropólogo e Historiador Prof. Paulo Isaac

A antropóloga Dra. Renate Brigitte Vietler, da Univesidade de São Paulo, fará a conferência de abertura abordando o tema "História e Linguagem Bororo". Segundo Renate, "a História contada pela Academia é contada a partir de documentos escritos e fatos. A História dos Bororo, assim como da maioria das sociedades indígenas é contada por meio dos seus mitos de origem. É uma linguagem diferente".
Paulo Isaac: "A abordagem a ser feita pela Dra. Renate será inédita para os profissionais das Ciências Humanas de Rondonópolis e região. É uma perspectiva diferente que nos revelará o modo diferente de
abordagem da história e da linguagem. Será riquíssimo para todos nós compreendermos os elementos teóricos de dois enfoques com concepções de mundo tão diversos."
QUEM É A DRA. RENATE BRIGITTE VIERTLER
Nascida na Alemanha, formou-se em Ciências Sociais pela USP, onde, posteriormente, foi professora e pesquisadora. Desenvolve estudos junto aos Bororo do Mato Grosso, desde 1965, enfocando a sua organização social e religião. Dentre as suas principais obras constam os livros "A Refeição das Almas", que trata do funeral Bororo e "A Duras Penas - Um histórico das relações entre os índios Bororo e os 'civilizados' no Mato Grosso". Renate foi banca de mestrado na defesa do Prof. Paulo Isaac sobre o Drama da Educação Escolar Indígena Bóe-Bororo, em 1997, e que deu origem ao livro do mesmo nome. A pesquisadora em etnologia brasileira é considerada uma das principais estudiosas dos Bororo.
MINI CURSO: A HISTÓRIA DOS BORORO
Além da conferência de abertura, Renate vai ministrar um mini-curso sobre "A História dos Bororo". O mini-curso terá 10 horas de carga horária e será ministrado: segunda feira, dia 17, das 13h às 17h, visita à
Aldeia Indígena Tadarimana. Quinta e sexta feira, das 13h30min. às 17h30min., na sala 19 do prédio principal do Campus Universitário de Rondonópolis, aulas sobre o tema.
As inscrições podem ser feitas até segunda feira de manhã

sábado, 1 de outubro de 2011

ELEIÇÃO DO CONSELHO TUTELAR GEROU MAIS INDIGNAÇÃO
Cláudia Silvia Fernandes Batista

Querido Prof. Paulo Isaac. Para completar um pouco mais sua indignação quanto ao seu artigo publicado neste blog, a respeito das eleições no Conselho Tutelar, nas duas regiões I e II ocorreram essas demonstrações claras de falta de noção sobre a função ética e respeitosa do Conselheiro Tutelar.
Na região I, inclusive, teve "mesários" fazendo boca de urna, na entrada dos eleitores para a sala de votação.
De acordo com as normas, os candidatos não poderiam estar a menos de 200m. do local. No período vespertino, eles estavam na porta da Escola Sagrado,entregando "santinhos" e pedindo votos.
O pior de tudo é conceber a idéia que os eleitos lidarão com normas de conduta e resgate de valores em famílias desestruturadas, com crianças e adolescentes cheios de desafetos. Que tipo de orientação "esses conselheiros" darão? Será que farão como os vereadores, algum tipo de acordo para a solução desses problemas, também?
E a Promotoria Pública onde está para averiguar esta situação?

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N.R. É, Cláudia, os poderes instituítos estão precisando rever suas concepções e suas práticas. O povo não aguenta mais tanto desmando e tantas ilegalidades sendo referendadas pela Justiça. É revoltante.
HISTORIADORA DRª MARIA ELSA MARKUS FALA SOBRE A GREVE DOS DOCENTES DA UFMT E O RETORNO ÀS AULAS


Drª Maria Elsa e seu filho Sanji Aluísio

Concordo com você, com sua avaliação. Tivemos ganhos sim, com a greve recém chegada ao fim, ainda que eles tenham ficado aquém das nossas expecativas, como você bem disse. Nesse sentido, não sinto vergonha (como querem alguns) por termos voltado, mas me sinto envergonhada sim, pela pequena(ou nenhuma?) consciência política demonstrada pela maioria ausente da nossa categoria. Se na Educação Superior revelamos esse descompromisso; essa falta de consciência sobre a importância de uma participação ativa e da permanente necessidade de nossas lutas, o que esperar das demais categorias de trabalhadores?
Quero realçar os grupos de trabalho mencionados por você, que foram constituídos na finalização do movimento grevista. Primeiro, porque eles demonstram que a luta continua, só que por meio de outros meios, o que é preciso que todos da categoria tenham claro. Também, pela importância que tais  grupos têm, posto que instituem uma marca educativa e pedagógica na luta, o que, parece-me, ser um elemento novo entre nós, em nossas lutas sindicais. Tais grupos, eu os entendo como educativos e pedagógicos, por se tratarem de instâncias que tornam possível conhecer e entender melhor a instituição em que labutamos no ensino, pesquisa e extensão;oportuniza-nos ter claro que a categoria não é homogênea em suas expectativas, interesses e compromissos, e se encontra em momentos distintos na sua relação institucional, o que coloca, por outro lado, que é preciso não perdermos de vista que existem professores que estão a muito tempo na UFMT; outros, a um tempo menor e alguns são recém chegados.
Portanto,conhecê-la a partir das políticas, das ações que lhe são constitutivas (ou então, da ausência destas), avalio eu, permite um aprendizado em que aqueles que se envolvem deixam de pensá-la como um ente abstrato, externo a nós, mas que nós somos a instituição! Assim sendo, essa fase de luta em que nos encontramos, atuando em diversos grupos de trabalho, permitirá, além de arrolarmos demandas não atendidas pelos gestores - Reitorado - e destes cobrar maior celeridade no cumprimento de suas obrigações institucionais, também pensar sobre a responsabilidade que todos temos, individual e coletivamente: professores; coordenadores de ensino de graduação;chefes de departamentos; diretores de institutos; pró-reitoria; técnicos; supervisores, estudantes etc. - em se tratando do Campus local,  no sentido de tornar a Universidade Federal de Mato Grosso mais competente, com maior agilidade e com melhor qualidade nos serviços que presta aos seus demandantes. Aliás, aprendizado útil e necessário para nós, que lutamos pela criação da Universidade Federal de Rondonópolis!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CURSO DE ECONOMIA REALIZA
 II SIMPÓSIO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO SUL DE MATO GROSSO

De 05 a 07 de outubro de 2011

Coordenação: Dr. Luís Otávio Bau Macedo


Com as presenças dos economistas doutores Homero Dewes (CEPAN/UFRGS) e Lucílio Rogério Alves (CEPEA/ESALQ), o Curso de Ciências Econômicas da UFMT/Campus de Rondonópolis fará a abertura do Simpósio, cujo início está marcado para as 19h do dia 05 de outubro, no Anfiteatro da Universidade - Estrada Rondonópolis-Guiratinga, km.6, zona leste da cidade. Os conferencistas trabalharão, respectivamente, os temas "inovação e pesquisa no agronegócio" e "competitividade na produção de algodão no cerrado.

Profª Krisley Mendes

No dia 06 de outubro, três palestras movimentarão as atenções dos participantes interessados na área econômica: "a criação do NEPESA - Núcleo de Pesquisas Esconômicas Sociais e Ambientais" (conferencista Mestre Krisley Mendes - UFMT-CUR); "Perspectivas, tendências e desafios da pesquisa no agronegócio de Mato Grosso" (Conferencista: Dr. Eros Bohac Franscisco - Diretor de Pesquisa Aplicada da Fundação Mato Grosso) e "atuação da Companhia Nacional de Abastecimento na política de garantia de preços mínimos" (Conferencista: Charles Cordova Nicolau (Gerente de Operações da CONAB).


No dia 07 de outubro, três importantes palestras: 1) O projeto de estágio supervisionado e atividades complementares do curso de Ciências Econômicas (palestrante: Mestre Leandro Pessoa - UFMT/CUR); 2) Desafios do escoamento da produção agropecuária matogrossense: a opção ferroviária (conferencista: Francisco Vuolo - Secretário de Estado de Lógística de Transportes) e 3) Linhas de atuação do ILCA - Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (palestrante: Marcos Ortega - Coordenador de Agronegócio e comércio.


Nos três dias, durante o período vespertino, das 13h às 17h, haverá apresentação de trabalhos de iniciação cientifica.

As inscrições podem ser feitas na Coordenação de Ciências Econômicas no Campus de Rondonópolis.
Valor do investimento: Estudantes R$ 10,00; Professores R$ 20,00; Comunidade R$ 30,00

Inscrições e presenças dão direito ao certificado do evento

Realização: UFMT/CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS - FAPEMAT - FUNDAÇÃO UNISELVA

sábado, 24 de setembro de 2011

ELEIÇÃO PARA O CONSELHO TUTELAR EM RONDONÓPOLIS-MT

©Paulo Isaac

                Domingo, dia 18 de setembro, fui votar. A eleição era para compor o Conselho Tutelar de Rondonópolis.
                Estranhamente, os moradores da vasta zona leste da cidade tiveram que votar na Vila Operária. Saí do Jardim Atlântico me perguntando: por quê?
                Chegando ao local de votação, fui assediado por muitos cabos eleitorais pedindo votos para os seus candidatos. O estranho, porém, eram os argumentos de alguns deles: essa é candidata do vereador “x”, aquela é do “y”, esse é candidato do candidato a prefeito “w”, esse é da turma do “z”. Carros chegavam e saiam trazendo e levando eleitores e, juro, não eram veículos da Justiça Eleitoral. E, mais, o serviço era personalizado: os “caronas” eram acompanhados até a boca da urna por pessoas ligadas aos candidatos (...), como eu poderia classificá-los? Candidatos poderosos? Não, não pode ser; afinal estavam disputando um emprego. É, talvez pudessem ser classificados como asseclas de algum poderoso, mas isso eu não tenho como provar. Então, deixa pra lá, vamos dizer que eram cabos eleitorais de candidatos sem classificação.
                Agora, seria hilária, se não fosse trágica, a cena da chegada de um caminhão com a carroceria aberta e cheia de gente para votar. Por favor, caro eleitor, não se apresse em criticar a Justiça Eleitoral ou a Vara da Infância e da Juventude por transportar pessoas inadequadamente. O caminhão não era pago pela Justiça. O certo é que pessoas não podem ser transportadas daquela forma. A menos que sejam indígenas – porque os índios não são transportados como gente pelo poder público – e isso eu posso provar.
                Votei, mas confesso que fiquei insatisfeito. Presenciei uma prática eleitoral com visível suspeita de abuso do poder econômico e político. Eu disse suspeita, apesar de que até mesmo eu duvido que tenha havido tal prática, afinal a Vara da Justiça não iria permitir tamanho descalabro.  A Promotoria Pública teria tomado providências para evitar e punir irregularidades.
                Ao final, minha pergunta inicial continua: por que os moradores dos bairros da zona leste tiveram que votar na Vila Operária, suposto reduto de alguns candidatos, não só ao Conselho Tutelar. Entretanto, as minhas indagações aumentaram: quem fiscalizou aquela eleição? As pessoas que supostamente abusaram do poder econômico estavam em busca de uma função social nobre ou de um emprego a ser conseguido por meio de um “vale tudo, só não pode perder”? Para que algumas pessoas querem ser ser conselheiras tutelares da infância e da juventude? Para o seu próprio sustento ou para dar sustentação a campanhas políticas eleitorais futuras? Ou seria para as duas coisas? Mesmo que nem todos os eleitos tenham utilizado de expedientes, digamos, de ética duvidosa, como o Conselho Tutelar terá moral para agir em defesa da justiça e da Justiça?
                Ah, e depois tem gente que defende a redução da idade para imputabilidade penal.
                É como diz a “velha medonha”, Dona Salomé, da novela Morde e Assopra: mas, que prejuízo!             

UFMT: O RETORNO

©Paulo Isaac

           
            A greve dos professores da UFMT teve seu início no dia 23 de agosto.
            O acordo entre o ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior e o MEC – Ministério da Educação, fechado no dia 04 de setembro, não encerrou a greve no Campus de Rondonópolis porque, além da pauta nacional de reivindicações, havia uma pauta local.
            A ADUFMAT – Associação dos Docentes da UFMT/Campus de Rondonópolis apresentou à Reitoria as suas reivindicações, dentre elas: autonomia administrativa e financeira do Campus; concurso para docentes e servidores técnicos administrativos; aparelhamento de laboratórios; construção de salas de trabalho para os professores e de aulas para os estudantes; criação de creche para os filhos de estudantes, professores e servidores técnicos administrativos; compra de uma fazenda experimental para os cursos voltados à produção agrícola e animal e articulação com a Prefeitura Municipal de Rondonópolis para o funcionamento do Centro de Agricultura Familiar.
            A Reitora Profa. Dra. Maria Lúcia Cavali Neder esteve em Rondonópolis e reuniu-se com a Comissão de Greve da ADUFMAT, formada para conversar com ela. Segundo os integrantes da referida Comissão, a conversa não foi amistosa. A Reitora foi ríspida com os docentes, não respondeu todos os problemas colocados e mais falou do que ouviu. Por outro lado, ela aceitou negociar a independência administrativa e financeira do Campus, comprometeu-se a apoiar nossa luta pela criação da UFR e comprometeu-se a dar os encaminhamentos necessários aos pontos da pauta que lhes foram apresentados.
            Considerando que houve abertura de negociações e a indicação de uma agenda de trabalho para solução dos problemas, não havia mais motivos para a continuidade da greve. Assim, os professores e estudantes retornam às suas atividades no dia 19 de setembro. No entanto, os docentes decidiram manter-se em “estado de greve”, ou seja, caso os problemas não sejam resolvidos os docente voltam a paralisar suas atividades.
            Baseados na pauta de reivindicação, a assembléia dos professores criou cinco grupos de trabalho: 1) GT de Autonomia Financeira – está fazendo o levantamento dos dados e dos critérios para o cálculo do valor a ser repassado para o Campus; 2) GT Gestão/Administração – está verificando quais são os processos encaminhados pelo Campus para a Sede e que não foram atendidos até o presente momento; 3) GT Questões Acadêmicas – está identificando os problemas que afetam o ensino, a pesquisa e a extensão para uma sistematização e apresentação à Reitora de forma detalhada; 4) GT Trabalhista – consultou ao departamento jurídico da ADUFMAT sobre problemas relacionados ao excesso de encargos dos docentes que ultrapassam as 40h/semanais regulamentadas em lei e aos profissionais que ocupam cargos e funções gratificadas, mas não recebem nada por isso, entre outras irregularidades trabalhistas; 5) GT Políticas Públicas – está organizando a campanha em favor da criação da Universidade Federal de Rondonópolis, atualiza o Projeto a ser entregue ao MEC e faz a interlocução com os políticos, os meios de comunicação e a sociedade da região sul de Mato Grosso.
            Nas semanas entre os dias 12 e 16 de setembro, os membros das Comissões se reuniram para dar andamento aos trabalhos.
            Quanto ao movimento que durou mês, não há dúvidas de que houve um avanço no campo trabalhista e nas possibilidades do Campus de Rondonópolis se firmar rumo à sua autonomia.
            Não alcançamos tudo o que desejávamos, mas, na atual conjuntura sabemos que alcançamos o máximo que as nossas forças permitiram.
            Por isso, a luta continua, companheiros.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PROGRAMA DE EXTENSÃO SIRIEMA EXPÕE ART&FATOS NA ALDEIA SESC
Começou hoje e vai até o dia 31 de agosto a maior feira de livros do sul matogrossense. Este ano o evento recebeu o nome de ALDEIA ROSA BORORO SESC DE ARTE E CULTURA.

A Exposição Itinerante Art&Fatos Indígenas e Reginais montou seu tradicional quiosque com peças Bororo, mapa do Brasil com a localização das áreas indígenas brasileiras e um banner contando resumidamente quem foi Rosa Bororo.

Além disso, estamos fornecendo um folder para os professores das escolas que visitam a 18ª feira do livro. Nosso objeito é divulgar a história da personagem indígena CIBÁE MOTOJEBÁDO: A ROSA BORORO.
Quem visitar o nosso quiosque, além de apreciar os artefatos indígenas, será bem recebido pelos bolsistas da UFMT, todos do Departamento de História: Francielen Costa dos Santos, Adalto Ferreira Jr e Andréia Xavier.



Para quem quiser conhecer o conteúdo do banner e do folder sobre Rosa Bororo, segue abaixo:

CIBÁE MOTOJEBÁDO: A ROSA BORORO

                                      © Prof. Dr. Paulo Isaac
Seu nome indígena é Cibáe Motojebádo.
Rosa é o nome dado a ela pelos colonizadores.
Não se sabe ao certo a data do seu nascimento, mas a jovem índia foi aprisionada em 1881, em uma caça aos índios feita por Bandeirantes paulistas.
Cibáe (Rosa Bororo) foi uma personagem histórica central na pacificação dos Bororo, em 1885.
Antes de morrer disse ao seu filho: “Não confies nos brancos, eles só agradam quando precisam”.
Morreu na Aldeia Bakairi de Pakuera, hoje município de Paranatinga, em janeiro de 1913.

A importância de Cibáe Motojebádo (Rosa Bororo) para a História de Mato Grosso
Em 1885, o Presidente da Província Joaquim Galdino Pimentel resolveu atrair pacificamente os Bororo. Encarregou o alferes Antônio José Duarte para a tarefa.
Duarte precisava de pessoas que soubessem falar a língua dos Bororo para intermediar as negociações com os índios da aldeia do Cabaçal do São Lourenço e convencê-los a aceitar a submissão e as vantagens da vida civilizada. Ele destacou, entre outros índios, Rosa Bororo que trabalhava como criada na casa do Major Antonio Tomás de Miranda Rodrigues. Para garantir o sucesso da operação, os filhos de Rosa Bororo ficaram como reféns na capital, Cuiabá.
A fala dela e os presentes dos militares convenceram um grupo de Bororo. Os índios entregaram as armas e entraram pacificamente em Cuiabá no dia 16 de junho de 1886. Por isso, esta data é celebrada como o dia da pacificação dos Bororo.
Mas, depois, os índios sofreram muitas atrocidades, entre elas a introdução do aguardente nas aldeias para enfraquecê-los física e moralmente.
Mais tarde, o marido e o filho, José Coroado, participaram de uma guerra contra os índios Bacairi. O pai de José Coroado foi morto e ele ficou com os Bacairi, em cuja aldeia cresceu e chegou a ser chefe.
Rosa foi morar na Aldeia Pakuera, onde casou-se com um índio Bakairi.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS/ICHS/HISTÓRIA
Programa de Extensão SIRIEMA
SOCIEDADES INDÍGENAS E REGIONAIS—IDENTIDADE E MEIO AMBIENTE
Coordenador: Prof. Dr. Paulo Isaac

sábado, 27 de agosto de 2011

DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA DEPUTADO OSCAR SOARES, EM ALTO GARÇAS - MT

A festa começou às 7h30min. com a apresentação da fanfarra da Escola. Depois foi servido um lanche para todos. Em seguida, o Prof. Paulo Isaac, cientista social e professor da UFMT ministrou uma palestra sobre "A Participação da Família na Escola". O tema foi abordado numa perspectiva sociológica. Foram discutidas as funções e os tipos de família, e as responsabilidades dela na educação das crianças. Foi tratada a relação entre a escola e os pais e como esses devem participar da vida escolar. Após a palestra, as crianças e jovens fizeram apresentações artísticas. No período da tarde duas psico-pedagogas antenderam os pais interessados. Também houve corte de cabelo gratuito para pais e crianças. A intenção, segundo a Diretora Vânia Luzia da Silva Abreu é promover a interação dos pais com a Escola. Para o Coordenador Pedagógico Reginaldo Procópio, quando os pais participam a situação da Escola melhora muito. Este é o segundo ano que o evento acontece e foi um sucesso absoluto. Parabéns aos professores, a diretora, coordenador, pais e estudantes. Segue algumas fotos do evento.
criança cantando a música da Família, composição do Pe. Zézinho

meninos brincando

fachada da Escola

o público aplaudiu os artistas

Aluna cantando, Diretora Vânia e seu esposo acompanharam tudo com carinho

a decoração foi preparada com muito bom gosto






domingo, 14 de agosto de 2011

FESTA DOS PAIS NO ORATÓRIO DOMINGOS SÁVIO DE RONDONÓPOLIS ABORDA QUESTÃO AMBIENTAL


A Equipe do Oratório Domingos Sávio, do Bairro Vila Rica, em Rondonópolis, realizou a sua festa de homenagem aos pais com teatro, dança, música e coreografia voltados para a consciência ecológica.

A Exposição Itinerante de Art&Fatos Indígenas do Museu Etnográfico SIRIEMA esteve presente à atividade.

Além da Exposição, o Museu forneceu às crianças Gabriela e Davi os artefatos indígenas que eles utilizaram no teatro sobre a questão ecológica, em que as sociedades indígenas não foram esquecidas pelos jovens do Oratório.


O ponto alto do evento foi o desempenho dos jovens nas apresentações, que tanto foram críticas como propositivas.


Nos bastidores tudo foi preparado com muito esmero.


Parabéns a todos do Oratório São Domingos Sávio. O Programa SIRIEMA - Sociedades Indígenas e Regionais - Identidade e Meio Ambiente tem a alegria de compartilhar com vocês dessa festa. Parabéns aos pais e PAZ PARA TODO MUNDO.















MULHERES BORORO DISCUTEM PROJETO DE INCLUSÃO COM A UFMT


O Programa de Extensão SIRIEMA - Sociedades Indígenas e Regionais - Identidade e Meio Ambiente tem como uma de suas linhas de ação a assessoria e consultoria técnico-científica e antropológica às sociedades indígenas e entidades sociais que trabalham com a questão do meio ambiente.
A preocupação com a inclusão social dos índios e, especialmente das mulheres indígenas, levaram o antropólogo Paulo Isaac Jure Edúgo Kudoro Kavoro, os estudantes de Economia Diéslin e Vagner Alcântara e o biólogo Paulo Silas a formularem um Projeto de Extensão voltado para quatro atividades econômicas: produção de hortaliças, criação de aves, banco de sementes de árvores do cerrado e produção de artesanato indígena.
A primeira discussão foi feita no último sábado, dia 13 de agosto, no período da manhã, na Aldeia Indígena Tadarimana.
Apesar de ser um projeto voltado para as mulheres, alguns homem participaram como ouvintes; entre eles o Presidente da Associação Indígena Pagi de Tadarimana, Cícero Tarzan.
Os membros do Programa de Extensão SIRIEMA pretendem beneficiar as aldeias Tadarimana, Nova de Jarudóri e Praião.
Paulo Isaac Jure Edugo está otimista com a possibilidade de realizar esta atividade econômica que tem características de inclusão social, sustentabilidade e provisão alimentar.
As duas mulheres mais influentes da Comunidade, Beatriz Kiga e Nadir Ika lideram a reunião.

O Encontro teve um fato inédito entre os Bororo: a participação de várias jovens.



sábado, 6 de agosto de 2011

ÍNDIOS DO JARUDÓRI ABANDONADOS À PRÓPRIA SORTE

Neste sábado, 06 de agosto, o antropólogo Paulo Isaac e o biólogo Paulo Silas visitaram a Aldeia Nova de Jarudóri para fazer um diagnóstico agro-ambiental do local e propor a elaboração de um projeto agro-sustentável. Durante a visita, avaliou-se que inicialmente uma horta seria viável. O Projeto será elaborado pelo biólogo Paulo Silas.
Os recursos serão captados junto a parceiros que queiram ajudar os trinta índios, entre eles dezoito crianças, que estão abandonados à própria sorte. Possuem três vacas leiteiras, mas as terras são pouco férteis e a produção agrícola é inviável. As duas tentativas de plantar mandioca no ano passado não deram certo. A primeira por causa da seca e a segunda devido ao excesso de chuvas. "Perdemos tudo", disse-nos a cacique Maria Aparecida. Os índios também plantaram outras roças, mas elas foram comidas por preás e araraúnas.
Promessa da FUNAI
Segundo Anilton, marido da Cacique Maria Aparecida, o coordenador da FUNAI na região, Sr. Valdomiro, foi à Aldeia no ano passado e fez um projeto para criação de porcos. Fez um acordo com os índios: a FUNAI construiria a pocilga e daria uma quantidade de milho e os Bororo conseguiriam os porcos. Segundo informações do Valdomiro aos indios da Aldeia Nova de Jarudóri, o Projeto foi aprovado, mas o dinheiro não veio, afirma Anilton. Agora, segundo Maria Aparecida, a Direção da FUNAI de Cuiabá disse à Cacique que desconhece o Projeto e sua aprovação. Valdomiro foi afastado do cargo e ninguém sabe a verdade dos fatos. O que todos sabem é que os índios cumpriram a parte deles. Adquiriram os porcos e agora não têm onde colocá-los, nem há ração para eles.
Após visitar vários lugares, verificar os recursos hídricos, chegou-se ao consenso de fazer a horta. Quinze índios, sendo 8 mulheres, estão interessados em iniciar o novo negócio. A reunião foi feita na casa da Cacique e teve a participação dos índios que estavam na Aldeia naquele momento.

Enquanto os projetos começam a ser elaborados, esperamos que a FUNAI explique a questão dos recursos supostamente aprovados e os destine para auxiliar os Bororo de Jarudóri. Sem contar que os 4.706 ha. de terras indígenas continuam invadidos por colonizadores e os índios não têm um pedaço de terra para fazer uma lavoura ou criar um gado.

domingo, 31 de julho de 2011

É PRECISO VALORIZAR O TRABALHO

A República é um regime político falido. As representações das classes, segmentos e setores sociais evoluíram, mas, o Estado permanece com a representação parlamentar cada vez mais inoperante, em desfunção (vivendo à custa do poder executivo), os poderes judiciário e legislativo são reféns e asseclas do poder executivo e o povo paga uma conta que está se tornando insuportável.
O Brasil penaliza quem trabalha e privilegia os ociosos, os que dão suporte aos pseudo representantes do povo e até os vadios e criminosos. Essas "CURIOSIDADES DE UM PAÍS DE APROVEITADORES" que rolam na internet é uma prova da falência do regime republicano e nos convida a pensar uma nova forma de estabelecer as relações de poder no mundo. Vejamos o que diz o texto:
> Um motorista do Senado ganha mais para dirigir um automóvel do que um oficial da Marinha para pilotar uma fragata!
> Um ascensorista da Câmara Federal ganha mais para servir os elevadores da casa do que um oficial da Força Aérea que pilota um Mirage.
> Um diretor que é responsável pela garagem do Senado ganha mais que um oficial-general do Exército que comanda uma Região Militar ou uma
> grande fração do Exército.
> Um diretor sem diretoria do Senado, cujo título é só para justificar o salário, ganha o dobro do que ganha um professor universitário federal concursado, com mestrado, doutorado e prestígio internacional.
> Um assessor de 3º nível de um deputado, que também tem esse título para justificar seus ganhos, mas que não passa de um "aspone" ou um mero estafeta de correspondências, ganha mais que um cientista-pesquisador da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, com muitos anos de formado, que dedica o seu tempo buscando curas e vacinas para salvar vidas.
> O SUS paga a um médico, por uma cirurgia cardíaca com abertura de peito, a importância de R$ 70,00, equivalente ao que uma diarista cobra para fazer a faxina num apartamento de dois quartos.
PRECISAMOS URGENTEMENTE DE UM CHOQUE DE MORALIDADE NOS TRÊS PODERES DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS, ACABANDO COM OS OPORTUNISMOS E CABIDES DE EMPREGO.OS RESULTADOS NÃO JUSTIFICAM O ATUAL NÚMERO DE SENADORES, DEPUTADOS FEDERAIS, ESTADUAIS E VEREADORES. Que tal iniciarmos nossa reação lutando para que as Câmaras Municipais diminuam e não aumentem o número de vereadores? MENOS VEREADORES E MAIS EDUCAÇÃO, SAÚDE, EMPREGO E SEGURANÇA!

terça-feira, 12 de julho de 2011

INDIOS BORORO DA ALDEIA TADARIMANA AGRADECEM AGASALHOS
Na manhã deste dia 12 de julho de 2011, o Prof. Paulo Isaac e os estudantes Adalto Vieira Ferreira Jr (História), Vagner Costa Alcântara (ECON0MIA) e Andréia Xavier da Silva (História)entregaram aos índios da Aldeia Tadarimana as roupas arrecadadas na Campanha do Agasalho, feita na UFMT,Campus Universitário de Rondonópolis. O Cacique Cícero Kodoropa agradeceu aos docentes e estudantes da UFMT que contribuíram para amenizar o sofrimento de muitas pessoas neste período de inverno. "Como as casas são de palha e venta muito na mata, as pessoas sofrem com o frio", disse o Cacique. Apesar da ajuda recebida, o Prof. Paulo Isaac, cujo nome em Bororo é Jure Edugo e/ou Kudoro Kaworu, em conversa com os índios mais velhos ficou sabendo que ainda faltam cobertores, lençois, colchas e blusas. Os mais vulneráveis são os velhos e as crianças abaixo de 5 anos. Assim sendo, apesar do sucesso que foi a campanha, continuaremos recebendo agasalhos, roupas e, sobretudo, cobertores e blusas. Obrigado aos que contribuiram. A generosidade de vocês agasalharam o corpo de muitas pessoas necessitadas. O carinho de vocês agasalharam a alma de muita gente. Observação: Quem ainda tiver material, pode deixar na ADUFMAT ou no Departamento de História/Campus Universitário de Rondonópolis.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

DIOCESE DE RONDONÓPOLIS FAZ 25 ANOS - Dra. Laci Maria de Araújo Alves lança livro Comemorativo
O evento será no dia 10 de julho, a partir das 16 horas, na Praça Brasil. Depois da inauguração da torre da Igreja e da Missa de Ação de Graças pelo Jubileu de Prata da Diocese, haverá o lançamento do livro. Segue abaixo um breve histórico da Dioces, feito pela própria historiadora.Clique sobre a imagem para lê-lo.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

PROFESSORES E ESTUDANTES DA UFMT PARTICIPAL DA JORNADA CULTUTA DA BUNGE SOBRE PATRIMÔNIO IMATERIAL
Os(as) professores(as) da UFMT Paulo Isaac, Laci Alves, Jocenaide Rosseto e Nei Iared do curso de História e Mariza Pinheiro (Biblioteconomia e alunos dos respectivos cursos participaram, dia 08 de junho da palestra Patrimônio Imaterial: Marcos, Referências e Políticas Públicas ministrado pela Antropóloga Simoni Toji e Coordenado por Luciana Amaral, do Centro de Memória Bunge. Para os estudantes do Grupo de Pesquisa e Programa de Extensão SIRIEMA a Palestra foi de grande valia, sobretudo neste momento em que estudantes dos cursos de História (Adalto, Andréia, Cristiane Borges, Francielen, Luara e Soriano) e Economia (Alana Soares, Diéslyn Santos e Vagner Alcântara) do Campus estão fazendo um projeto sobre artesanato indígena e sustentabilidade junto aos índios Bororo da Aldeia Tadarimana, município de Rondonópolis.O curso foi importante tanto no aspecto teórico sobre Patrimônio Histórico e Cultural, a conceituação de Patrimônio Imaterial, quanto ao conhecimento a respeito dos três procedimentos para estabelecer ações estratégicas em termos de Patrimônio Histórico: Identificação, Registro e Salvaguarda. Os participantes fizeram uma oficina em que identificaram artefatos do PHC de Rondonópolis. A Sociedade Indígena Bororo foi destacada pelos participantes e o Museu Etnográfico SIRIEMA apareceu com um dos Patrimônios Culturais importante de Rondonópolis. O evento contou com a participação da Coordenadoria de Cultura do Município, cuja equipe de Sandra Turcato (Coordenadora) atuou de forma expressiva.

sábado, 4 de junho de 2011

PROFESSORES DO MATO GROSSO VÃO À GREVE
Conforme informação do Presidente do SINTEP/Rondonópolis, dia 06|06|2011 (SEGUNDA FEIRA) a partir das 07h30 na PRAÇA BRASIL terá início da greve geral da rede estadual do MT. A pauta de reivindicação é a seguinte:
1. Pela implantação imediata do PISO SALARIAL DE 1312,00.
2. Pela desvinculação de Receita dos recursos da Educação em MT.
3. Pela nomeação imediata dos NOVOS CONCURSADOS.
4. Pela aplicação de 35% dos recursos em educação.
5. Hora atividade para professores contratados.
6. Pela ampliação dos Investimentos em Educação pública no Estado de MT.

Como se vê, o Estado de Mato Grosso não paga o mínimo de R$ 1.312,00 (que é uma miséria), não é transparente com relação aos recursos da Educação e submete os parte profissionais da Educação a um regime de trabalho que desigual, ferindo o princípio da isonomia. FORÇA COMPANHEIROS! UNIDOS FAREMOS VALER OS NOSSOS DIREITOS.

VEJA O COMPARATIVO SALARIAL DAS CARREIRAS ESTADUAIS E O VALOR QUE O GOVERNO DÁ AOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO. Vergonhoso!

Carreira - Nível Superior Salário Inicial/ Salário Final
Fiscal de Tributos Estadual -FTE R$ 14.071,18/ R$ 17.706,34
Agente de Tributos Estadual - ATE R$ 11.257,08/ R$ 14.209,45
Fiscal Estadual de Defesa agropec.e
Floresta R$ 3.649,83/ R$ 10.903,88
Analista Admin. de Defesa Agrop.
e Florestal R$ 3.649,83/ R$ 10.903,88
Prof. de Nível Superior do Sistema
Penitenciario R$ 3.360,28/ R$ 10.072,67
Tecnico da Area Instrumental R$ 3.225,86/ R$ 10.348,67
Técnico de Desenv. Econ. e Social R$ 3.225,86/ R$ 10.348,67
Professor - Nível Superior R$ 1.873,02/ R$ 4.566,42
Especialista da Educação R$ 861,98/ R$ 2.973,90

domingo, 22 de maio de 2011

WORKMUSIC DO SESC, ARTISTAS E NOTAS DE OURO HOMENAGEIAM OS 35 ANOS DO CAMPUS DA UFMT DE RONDONÓPOLIS -MT-
No dia 19 de maio o Maestro Marcos Vinicius Ferreira da Silva realizou um workmusic no anfiteatro do Campus Universitário de Rondonópolis.
O evento teve como tema A ARTE DO SABER MUSICAL.
Foi uma aula de música e um espetáculo promovido pelo Maestro Marcos Vinicius e seus alunos, por profissionais da música e grupos musicais que se apresentaram. Foi uma bela homenagem aos 35 anos do Campus Universitário de Rondonópolis (UFMT).
O workmusic foi uma realização pelo SESC - Serviço Social do Comércio, Associação dos Músicos de Rondonópolis, Universidade Federal de Mato Grosso e Escola de Música CENO NOTAS DE OURO.
Os objetivos do workmusic foram: transmitir conhecimentos musicais capazes de proporcionar aos participantes o gosto pela música; oferecer ferramentas que agregarão conhecimentos em diferentes estilos musicais, revelando novos talentos e levando os participantes a descobrir a importância da música dentro do tecido cultura, político e social.
Este foi o primeiro de uma série de quatro workshops que serão realizados pelo Maestro Marcos Vinicius. Eles terão periodicidade bimestral e o próximo será no SESC.
O evento foi um sucesso. Parabéns aos participantes.

domingo, 24 de abril de 2011

ANTROPÓLOGO PAULO ISAAC RECEBE NOME INDÍGENA BORORO
Foto: Alexandra Pimentel

Júre Edúgo (pintas do sucuri) e Kudóro Kavóru (arara azul) foram os nomes que o professor da UFMT, antropólogo Paulo Isaac recebeu durante o cerimonial do IPÁRE (ritual de nomeação Bóe-Bororo) realizado nos dias 18 e 19 de abril de 2011.
Júre Edúgo foi o nome dado pelo padrinho Raimundo Itogoga.
Foto: Alexandra Pimentel

Kudóro Kavóru foi o nome dado pela mãe cerimonial Nadir Íka, matriarca que acolheu seu novo filho no clã Kíe, da metade clânica Ecerae.
Foto: Alexandra Pimentel

O Ipáre, que os "brancos" chamam de "batismo", é um evento que possui vários rituais. Começa com a coleta do urucum e das resinas de árvores que comporão o material de pintura dos corpos, a caça dos pássaros que fornecerão as plumas para os enfeites do nomeado e o trabalho de preparação da nomeação. As mulheres preparam as pinturas e os adornos corporais.
Foto: Alexandra Pimentel

Os padrinhos preparam os adornos plumários de seus afilhados, como Raimundo Itagoga na foto abaixo.
Foto: Alexandra Pimentel

As mulheres preparam a pessoa que receberá o nome Bororo.
Foto: Alexandra Pimentel

A preparação de Paulo Isaac e das duas crianças que receberam nomes Bororo ocorreu na tarde do dia 18 de abril de 2011. Como de costume no dia anterior à nomeação, mas já como parte da cerimônia. Quando as pessoas estão preparadas, no momento em que o sol está se pondo no horizonte, os membros do clã levam-nos para a frente da casa e depois dão uma volta no pátio da aldeia e se colocam à frente do baito (casa grande). É a apresentação que o clã faz de seus novos membros à Comunidade Indígena Bororo.
Foto: Alexandra Pimentel
Foto: Alexandra Pimentel
Foto: Alexandra Pimentel
Foto: Alexandra Pimentel

Depois da apresentação dos novos Bóe que serão nomeados, à noite tem bakororo no baito. Quer dizer, a Comunidade se reune na Casa Central da Aldeia (baito)para cantar a noite toda a alegria da acolhida aos novos nomeados.
Foto: Alexandra Pimentel

A nomeação própriamente dita só é feita no raiar do sol do dia seguinte. Depois de uma tarde de cerimônia de preparação e apresentação dos nomeandos e de uma noite de bakororo, finalmente, na aurora do dia, começa o ritual de nomeação. Os nomeandos ficam de frente para o Oeste.

O padrinho fica de frente para o Leste e para os nomeandos. Com um lindo pariko (cocar) na cabeça, tocando a íka (flauta) ele dança em direção ao seu afilhado.
Para em frente ao aflilhado, pega-o do colo da mãe, e o levanta, dando-lhe o nome.
Foto: Alexandra Pimentel

No caso de nomeação de um adulto, como foi o caso do antropólogo Dr. Paulo Isaac, o padrinho posicionou-se na frente do nomeando e soprou-lhe o rosto, como também faz o padrinho quando levanta a criança.

Em seguida, ele canta e fala o novo nome do Bóe. Raimundo Itogoga deu dois nomes. Um dado por ele e outro da mãe cerimonial: respectivamente, Júre Edúgo (pintas do sucuri) e Kudóro Kavóru (arara azul). Depois da nomeação, o padrinho coloca-se atrás do seu afilhado.
Foto: Alexandra Pimentel

Posteriormente, termina a cerimônia e a Comunidade se confraterniza.
Foto: Alexandra Pimentel

No dia 19, a Comunidade realizou uma partilha de alimentos tradicionais Bororo, evento que encerrou a festa do Ipáre.